O dramaturgo Ricardo Flores (Sada, 1903-Buenos Aires, 2002) foi, ademais, un gran coñecedor das formas da lírica popular galega. En 1997 –cando contaba 94 anos de idade– publicaba o seguinte traballo sobre un alalá escrito por Ramón Suárez Picallo.
AMOR
MARINHEIRO
MARINHEIRO
ALALÁ
O
alalá é ûa toada muito representativa do folclore musical galego. É cantiga de
ritmo vagoroso e linha mui melódica que expressa sentimentos de bem querer, de
lembrança, de mágoas. Polo mesmo, seus heptassílabos (octossílavos castelhanos)
aludem em geral ao amor, a ûa santa, à mai ou a ûa dor por algum desengano.
alalá é ûa toada muito representativa do folclore musical galego. É cantiga de
ritmo vagoroso e linha mui melódica que expressa sentimentos de bem querer, de
lembrança, de mágoas. Polo mesmo, seus heptassílabos (octossílavos castelhanos)
aludem em geral ao amor, a ûa santa, à mai ou a ûa dor por algum desengano.
Seu
nome debe-se à coda ou estribilho que o alonga: Ai
alalá, ai alalá, / ai alalá, ai alalá! Isto interpretado
com a repetiçom das notas do terceiro e quarto versos, inda que também se emite
com notas dessemelhantes.
nome debe-se à coda ou estribilho que o alonga: Ai
alalá, ai alalá, / ai alalá, ai alalá! Isto interpretado
com a repetiçom das notas do terceiro e quarto versos, inda que também se emite
com notas dessemelhantes.
A
origem é desconhecida. Das investigações ao repseito, só saírom hipóteses. Por
caso, as fantasias do Vicetto, que assinala poder vir dos fenícios; que ao
chegar às costas galegas e serem enxergados dos celtas, que ceivavam aturujos
de alerta, respondiam com um canto melodioso rematado com o estribilho:
“Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia”.
origem é desconhecida. Das investigações ao repseito, só saírom hipóteses. Por
caso, as fantasias do Vicetto, que assinala poder vir dos fenícios; que ao
chegar às costas galegas e serem enxergados dos celtas, que ceivavam aturujos
de alerta, respondiam com um canto melodioso rematado com o estribilho:
“Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia”.
A
letra do alalá do título é de Ramom Suárez Picalho. Fai parte das cinco peças
que formam a música da sua comédia Marola,
estreada no Teatro Avenida de Buenos Aires no ano de 1925.
letra do alalá do título é de Ramom Suárez Picalho. Fai parte das cinco peças
que formam a música da sua comédia Marola,
estreada no Teatro Avenida de Buenos Aires no ano de 1925.
Eis
os versos deste formoso alalá:
os versos deste formoso alalá:
I
Tenho um amor marinheiro
tam metidinho na alma
que sempre rezo por ele,
haja vento ou haja calma.
Ai alalá, ai alalá,
ai alalá, ai alalá.
II
Ao passar na trainheira
às tardes por Moraçom.e,
manda-me bicos cos dedos;
eu mando-lhe o coraçom.e.
Ai alalá, ai alalá,
ai alalá, ai alalá.
A
música do alalá pertence-lhe a outro emigrado galego, Egídio Paz Ermo, que
também nom é já neste mundo. Qual Picalho, seus restos repousam sob o céu desta
capital portenha, na que desenvolveu o importante labor musical que
música do alalá pertence-lhe a outro emigrado galego, Egídio Paz Ermo, que
também nom é já neste mundo. Qual Picalho, seus restos repousam sob o céu desta
capital portenha, na que desenvolveu o importante labor musical que
certamente
muito honra à nossa colectividade.
muito honra à nossa colectividade.
ADIGAL, 07-09/1997
Cedido
por Marichelo Flórez e Andrés Yáñez
por Marichelo Flórez e Andrés Yáñez