ARTIGO EN “SERMOS GALIZA” SOBRE O LIBRO “AS PROBAS DO MAGO” DA NOSA COMPAÑEIRA DA ACISP VANESA SANTIAGO

 Este pasado sábado o semanario “Sermos Galiza” publicaba este artigo de Susana Sánchez Aríns sobre o libro “As probas do mago” da nosa compañeira Vanesa Santiago da Asociación Cultural Irmáns Suárez Picallo, e que compartimos a continuación:

Libros: ‘As probas do mago’ de Vanesa Santiago

Magia em tempos de Covid

Vanesa Santiago, que aproveitou a cerna dura e sólida do nosso imaginário tradicional para dar forma a As probas do mago, dentro da série A miña primeira novela de… da editora Contos Estraños

As que nos criamos com o perfil do Pico Sacro na janela da cozinha, temos debilidade pola rainha Lupa e as suas estórias. E polos túneis que levam ao paço subterrâneo e mesmo aos pés do rio Ulha onde bebem os cabalos da grande moura.  As que nos criamos com essas lendas sabemos a força que esses relatos têm para as reelaborações literárias no género juvenil. 

 

As probas do mago / Vanesa Santiago / Ilustrações: Iago Torres / Contos Estraños / 2020 /

 

O mesmo pensou Vanesa Santiago, que aproveitou a cerna dura e sólida do nosso imaginário tradicional para dar forma a As probas do mago, dentro da série A miña primeira novela de… da editora Contos Estraños. A coleção marca a construção do texto. Como vem indica o nome pretende ser uma achega para o leitorado mais novo a narrativa de género, neste caso a magia. 

E temos ao Fuco, que coma tantos, possui poderes inatos que desconhece, ao igual que parte da sua origem e passado. No Arde Lucus é reconhecido por um Druida, disfarçado?, real?, e convidado a participar nas provas para ser o seu aprendiz. Para isso deve competir com Aldara, outra meninha que tem as cousas bastante mais claras do 
que ele. 

A autora escolheu três espaços com rico património oral como sés das três provas que a meninhada deve superar: Santa Marinha de Águas-Santas, como o seu forno da moura, os petróglifos de Campo Lameiro e o Pico Sacro. Tira bom proveito das lendas sobre esses espaços para dar sentido à trama mágica: a figura da moura, dos labirintos de pedra, do dragón, são postas ao serviço de uma aventura infantil, combinadas com telemóveis e códigos QR e viagens por meia Galiza interior, essa que poucas vezes protagoniza aventuras por falta de faros e cantis.  

Lemos com interesse e queremos saber qual a seguinte prova e se ganhará ele ou ela e quem é a figura negra que as persegue e de onde saiu o cadelo de nódoas café e se darão ou não com a rainha Lupa e quando andamos aí, zás, acabou o livro. Porque (não) é o nosso primeiro romance de magia e achamos de menos mais extensão. Podermos repousar nas provas, em Aldara e Fuco, na avó Rosalia, mesmo na sombra preta e o seu passado. E temos vontades de conhecer mais aventuras da Aldara e o Fuco. 

A autora é ciente da rutura da cadeia na transmissão de contos e lendas de uma geração a outra; para compensá-la, acompanha o texto com códigos QR que fornecem, a quem o precise, de informações complementárias. Ainda pensando que há um mundo além da Galipédia, responde bem aos novos modos de ler.

Aos novos modos da magia.

Artigo publicado orixinalmente en Nós Diario (Sermos Galiza) https://www.nosdiario.gal/articulo/libros/magia-em-tempos-covid/20210624210453124207.html

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