Eu tenho um adibal
Trançado, marelo, gastado:
Hei de te prender com ele.
Minha i-alma,
Nunca t’ hei de largar.
Hih!, Hagh!, Lá vai!
Polo ar lançal, o meu adibal
Tenso eu ,puxas tu
Hih, Hagh!
Volta e vira, volve virar
Hih, Hagh!
Forte forte! É o meu adibal,
Minha corda longa
Que me prendia o pão,
Adibal comprido
Forte adibal
seguras no meu carro todo o que val:
A erva, o milho a lenha,
O bem e o mal.
Teu corpo de serpe,envolve
a minha alma de nena
A minha Terra e o meu lar.
Ih!, Hagh!
Polo ar lançal vai o meu adibal.
que mede funduras ou me ata o pão
Adibal perdido
.
Que xungues a erva e as flores miúdas
Adibal não cedas, nunca amoleças
Amarra-me a vida
Amarra-me á Terra e a minha colheita
Sem ti, no meu carro, toda se esfarela.
Ilustración: “Amarra-me á Terra e a minha colheita”
Orixinal de M. Suárez de Concha
ADIBAL (UM CANTO Á CORDA DO CARRO)
Adela Figueroa Panisse